sábado, 9 de maio de 2009

Bom, irmãos, amigos e curiosos... Tô cansadissimo esses dias... Meu irmão está com quatro muzenzas recolhidos para iniciarem e um Kambondo e por isso tô desse jeito... Mas volto pra postar mais das minhas pesquisas e curiosidades... Abraços a todos.....

Mãe Beata de Yemanjá


Beatriz Moreira Costa mais conhecida como Mãe Beata de Iemanjá, nasceu em 20 de janeiro de 1931, em Cachoeira de Paraguaçu, Recôncavo Baiano. Na década de 1940, a menina Beata (como é conhecida desde a infância) muda-se para a cidade de Salvador, ficando aos cuidados de sua tia Felicíssima e seu marido Anísio Agra Pereira (Anísio de Logum Ede, babalorixá). Casa-se com Apolinário Costa, com quem teve quatro filhos (Ivete, Maria das Dores, Adailton e Aderbal). Em 1969, Beata separa-se do marido e migra para o Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida. Para promover o sustento de sua família Beata exerceu várias atividades como empregada doméstica, costureira, manicure, cabeleireira, pintora e artesã. Trabalhava como figurante na Rede Globo de televisão, quando a empresa descobriu seu grande talento como costureira, função na qual foi contratada até se aposentar.Alguns nomes como, Mãe Regina Bambochê e Tia Davina, tornaram-se referenciais para a vida, a luta, a cultura e a religiosidade dos afro-brasileiros, e mãe Beata figura entre esses expoentes no universo fluminense. Manteve contato freqüente e atuou em várias comunidades de terreiro no Rio de Janeiro. Na década de 1980, Beata foi inciada no terreiro de Mãe de Olga do Alaketo, uma das figuras mais expressivas do candomblé no Brasil. Na mesma década abre o Terreiro Ilê Omi Ojú Arô (Casa das Águas dos Olhos de Oxóssi), localizado em Miguel Couto, na Baixada Fluminense, onde ocupa o cargo de Ialorixá.Mãe Beata participa intensamente de movimentos pela valorização da religiosidade afro-brasileira e luta pela cidadania do povo negro. O espaço da Casa de Candomblé passa a ser utilizado como referência da resistência da religião, cidadania, cultura e dignidade da população afro brasileira, com foco na defesa dos direitos das mulheres negras, investindo no intercâmbio das mulheres dos terreiros com o movimento feminista. Como escritora retrata a realidade da tradição das Comunidades de Terreiro nas obras Caroço de Dendê, Sabedoria dos Terreiros, Tradição e Religiosidade, O livro da saúde das mulheres negras e As histórias que minha avó contava. Mãe Beata de Iemanjá recebeu no dia 07 de março, o diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz de 2007, do Senado Federal, em sessão solene do Congresso Nacional. Essa sacerdotisa, reconhecida pela liderança e capacidade de articulação é, atualmente presidente de honra do grupo de mulheres negras Criola.

Mãe Meninazinha


Neta de Mãe Davina de Omolu, foi iniciada em 10 de julho de 1960 em uma roça em Mesquita/RJ. Com o desaparecimento de sua avó, Mãe Meninazinha foi a Bahia buscar os assentamentos de Nanã de sua mãe biologica e Omolu de sua avó Davina, começando aí sua trajetória de dificuldades e alegrias, numa roça em Marambaia e Nova Iguaçú, onde só ficou cinco anos, instalando-se depois em São Matheus, tambem na baixada fluminense onde está até hoje. Mãe Meninazinha nos conta do candomblé dos antigos, onde se fazia tudo a luz de carbureto, no chão de terra batida conservada com estrume de boi, que tinha um cheiro de mato; uma cultura onde a natureza estava sempre presente. Mas isso não quer dizer que o candomle não deva se modernizar, mas dentro do limite da religião.

Areonithe Conceição Chagas - MÃE NITINHA


Nasceu na Bahia, é um dos mais tradicionais nomes do candomblé brasileiro. Filha de mãe de santo, Mãe Nitinha, foi iniciada aos três anos de idade. No tradicional terreiro da Casa Branca, onde nasceu, Mãe Nitinha, professora primária e parteira da comunidade, acabou por tornar-se segunda mulher na escala hierárquica religiosa, onde ocupava o cargo de Yalorixá, responsável pela distribuição das diferentes funções praticadas durante um culto religioso. Há muitos anos dividia-se entre Salvador e o bairro de Miguel Couto, no Rio de Janeiro, onde respondia por um terreiro. Em 2005 foi escolhida pelo governo brasileiro, como representante do candomblé, na comitiva multirreligiosa que participou, em Roma, das cerimônias funerais do Papa João Paulo II. Contudo, não conseguiu embarcar. Perdeu o vôo por haver chegado atrasada ao aeroporto. Nitinha, que se casou aos 14 anos, conseguiu que a família - composta pelos filhos naturais e de criação, além de 12 netos - aprendesse a compartilhá-la com os fiéis que tanto a respeitavam. Em 2000, reconhecida a aposentadoria aos pais e mães-de-santo, Mãe Nitinha tornou-se a primeira a beneficiar-se com a medida. Morreu em 2005, quando foi enterrada com as vestes brancas e douradas de Oxum, seu orixá.

Eugênia Ana dos Santos - MÃE ANINHA


Filha de africanos Gruncis, mãe Aninha nasceu em 1869. Iniciada no candomblé de Ketu pelo babalorixá Bamboche, era filha do orixá Xangô.Mãe Aninha tornou-se uma das iyálorixás mais ilustres dos candomblés da Bahia, mesmo após a sua morte. Reintroduziu no candomblé baiano a tradição dos 12 ministros de Xangô, chamados no candomblé de Obá (rei). Seu prestígio ultrapassou as fronteiras de São Salvador, e através dela o candomblé foi implantado em outros estados do Brasil.
Mãe aninha era reconhecida pelas irmandades religiosas negras. Possuía uma quitanda na Ladeira do Pelourinho, onde vendia artigos afro-brasileiros e africanos legítimos utilizados nos Terreiros de Candomblé. Em 1936, participou do II Congresso Afro-brasileiro onde apresentou receitas da culinária afro-religiosa.
Sua sucessora foi Mãe Senhora, conhecida no candomblé como Iyálori´xá Iyá Nassô. Mãe Aninha morreu em 1938, e seu corpo está sepultado na Quinta dos Lázaros, na quadra da Irmandade de São Benedito. Por pertencer a Irmandade católica de São Benedito e por ser também uma iyálorixá muito importante, recebeu todas as honrarias quando de seu enterro; tanto por parte da Igreja Católica em Salvador, tanto por parte do candomblé baiano.

Giselle Binon Cossard - OMINDAREWA


Iyalorixá do Candomblé do Rio de Janeiro. Filha de santo de Joãozinho da Goméia, iniciada para o Orixá Yemanja, escritora, Francesa, nascida em Tanger, no Marrocos. Após a morte de Joãozinho da Goméia, deu obrigação com Balbino de Xangô. Sua casa Ile Axé Atara Magba está localizada em Santa Cruz da Serra, na cidade do Rio de Janeiro.